Entre beijos e a emoção de um caso dramático

O candidato presidencial emocionou-se ao ouvir as queixas de uma idosa que tem um filho deficiente.

Campanha é campanha, e os candidatos não fogem aos beijinhos às mulheres e aos vigorosos apertos de mão aos homens. Mas foi um Francico Lopes emocionado que não resistiu a dar um forte abraço a uma idosa que em Sines lhe relatou as consequências reais do corte do transporte dos bombeiros até ao hospital de Setúbal onde se está a tratar de um problema de visão.


"Dia dois de Fevereiro tenho consulta em Setúbal às sete da noite e os bombeiros não sabem como me podem levar", dizia a senhora visivelmente desorientada. Com um filho deficiente com mais de quarenta anos o caso foi emocionalmente 'pesado' para candidato e para comitiva e para a Imprensa que o ouviu relatado na primeira pessoa.


Francisco Lopes seguiu o guião político e aconselhou ao voto na sua candidatura. Mas viu-se que por muita preparação ideológica que o candidato tenha nem ele tem resposta para tudo a não ser o seu "empenho na luta pelo Serviço Nacional de Saúde".


Mais tarde num almoço em Grândola, o candidato apoiado pelo PCP e pelo PEV tinha à sua espera uma sala de apoiantes convictos e voltou ao apelo ao voto. Francisco Lopes deixou a garantia de ser alguém "que estará disponível e preparado para exercer todas as funções que o povo português lhe decida atribuir".


Mas por muito que a Charanha Huga do Rosário anime as hostes - até à hora de um almoço excelente - o candidato não deixou de voltar a recordar os problemas fundos que Portugal atravessa.
Ainda em Santo André com trabalhadores da autarquia, Francisco Lopes recordou que o "drama imenso" do desemprego não se resolve com declarações de que o "pior já passou", como considerou o secretário de Estado do Emprego, a quem acusou de "querer fugir à realidade".

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