Dívida do SNS às empresas cresce 49%
A dívida dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) às empresas associadas da APIFARMA que atuam na área dos meios de diagnóstico in vitro foi a que mais se agravou em 2011, tendo crescido 49,85% entre Janeiro e Dezembro do ano passado, atingindo os 150 milhões de euros, refere um comunicado da Associação da Indústria Farmacêutica.
De acordo com o documento, "o prazo de pagamento dos hospitais do SNS a estas empresas, cuja atividade é crucial para os milhares de análises clínicas diariamente realizadas em Portugal, passou de 471 dias, em Janeiro de 2011, para os 542 dias no último mês do ano".
Quanto à dívida global às empresas farmacêuticas, em dezembro de 2011 o valor atingiu os 1.270,6 milhões de euros, o que representa um crescimento de 29,2% face a janeiro do mesmo ano. Os prazos médios de pagamento aos laboratórios estavam no final de 2011 nos 476 dias, quando em janeiro desse ano eram de 372 dias.
"É com extrema preocupação que a APIFARMA vê avolumarem-se os montantes em dívida às empresas associadas. O sucessivo adiar da calendarização dos pagamentos, medida considerada prioritária no Memorando de Entendimento assinado com a CE/BCE/FMI, torna cada dia mais forte o risco de uma possível falta de medicamentos e outras tecnologias de Saúde no País", acrescenta a APIFARMA.