Direção nacional propõe 500 novos PSP por ano até 2016

A direção nacional da PSP propõe que até 2016 sejam incorporados 500 efetivos por ano e que 300 saiam para a pré-aposentação, indicam as "Grandes Opções Estratégicas 2013-2016" hoje divulgadas.

O documento, assinado pelo diretor nacional da PSP, superintendente Paulo Valente Gomes, refere que a incorporação regular anual de 500 efetivos corresponde ao contingente ideal de formandos, tendo em conta as capacidades pedagógicas, administrativas e logísticas da Escola Prática de Polícia, além de se aumentar o valor médio de saídas para a pré-aposentação para 300 por ano.

Segundo a PSP, há um elevado número de polícias (1.715) com condições para passar à pré-aposentação no final de 2013.

A PSP salienta que está cientificamente demonstrado que os elementos policiais, sensivelmente a partir dos 50 anos, começam a entrar numa "curva descendente de produtividade fruto do elevado desgaste da profissão, começando a acusar as mazelas acumuladas ao longo dos anos sob a forma de problemas mais ou menos graves do ponto de vista físico e mental que os arrastam para elevadas taxas de absentismo e incontáveis gastos com tratamento de saúde".

No documento, a PSP sublinha que a admissão de 800 novos polícias em 2013, tal como foi assumida para garantir a paridade com a GNR no conjunto dos dois anos (2012-2013), e a entrada para a pré-reforma de 300 elementos traduziria uma poupança global mínima de cerca de 247 milhões de euros do seu ciclo profissional, sendo que até 2014 a poupança ascenderia a cerca de 15 milhões de euros.

Esse montante poderia ser "afetado a despesas produtivas e reprodutivas de capital e aliviar a forte rigidez e inflexibilidade dos consumos intermédios", bem como garantir "uma política contida e económica de promoções", adianta.

A PSP realça que a consolidação "paulatina desta tendência" possibilitaria, a partir de 2015/2016, a estabilização ou até redução do saldo líquido de efetivos policiais através da redução do volume de incorporação de formandos no curso de agentes e o aumento do contingente pessoal a passar para a situação da pré-aposentação, introduzindo uma maior equilíbrio na estrutura orçamental.

A Polícia adianta que as despesas com pessoal sempre representaram mais de 90 por cento do orçamento total da PSP, situação que é "raríssima no panorama internacional".

"O que se pretende é menos efetivos, mas melhor equipado, qualificado, com maior enquadramento hierárquico e com melhores condições de trabalho e remuneratórias, ou seja, mais motivado e capacitado", sustenta.

Para o período de 2013-2016, a PSP quer inserir na corporação os projetos de retração do dispositivo policial nos comandos de Lisboa e Porto, de policiamento proactivo de visibilidade colocado em locais de elevada concentração de pessoas, georreferenciação das ocorrências criminais e dos meios policiais.

É ainda intenção da PSP recorrer à vigilância aérea, não só ocasionalmente com o uso de helicópteros, mas mais frequentemente com ultraleves com asa flexível e aeronaves não tripuladas.

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