Decisão sobre legalidade da prisão de Sócrates conhecida hoje às 15.30
O pedido de libertação urgente de Sócrates terá sido feito à revelia do ex-líder socialista e do seu advogado de defesa.
A legalidade da prisão de José Sócrates foi apreciada hoje pelo Supremo Tribunal de Justiça, na sequência de um pedido de 'habeas corpus' para libertar o ex-primeiro-ministro, intentado pelo jurista Miguel Mota Cardoso, e será publicada a partir das 15:30, segundo os juízes que analisaram o pedido de 'habeas corpus'.
A audiência durou pouco mais de meia hora, tendo o Ministério Público (MP) considerado que o pedido para a libertação urgente de Sócrates é "manifestamente improcedente", enquanto o advogado do ex-primeiro-ministro considerou que a prisão preventiva é "manifestamente ilegal e barbaramente injusta".
João Araújo, rebatendo os fundamentos da prisão preventiva, considerou que o perigo de fuga para a prisão de Sócrates "é patética".
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À saída do tribunal, João Araújo não quis prestar declarações aos jornalistas, remetendo eventuais comentários para quando for conhecido o resultado do 'habeas corpus'.
O pedido de libertação urgente de Sócrates, que está em prisão preventiva por suspeita de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal, terá sido feito à revelia do ex-líder socialista e do seu advogado de defesa, João Araújo, que já se pronunciou contra a iniciativa, numa altura em que se prepara para entregar esta semana um recurso na Relação de Lisboa a contestar a medida de coação aplicada ao antigo chefe do governo.
O pedido de 'habeas corpus' foi analisado pelos juízes conselheiros João Dias Miguel (relator), Pereira Madeira e Armindo Monteiro, numa audiência que estava marcada para as 10:30, disse à agência Lusa fonte daquele tribunal superior.
Sócrates esteve sob escuta e a ser investigado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), por suspeitas de crimes económicos relacionados com a ocultação ilícita de património, num caso que alegadamente envolve o seu amigo e empresário Carlos Santos Silva, entre outros arguidos.