"Queremos criar uma marca com valor"
Como surgiu o interesse por esta vertente da cerâmica?
De início não havia um interesse em si, são elementos que fazem parte de momentos de paródia e sátira. E uma museóloga especializada em património como eu não pode ter preconceitos por um elemento cultural que o Estado assumiu.
Para já, a Tesouros Verdadeiros venderá os produtos no atelier ou em eventos. Estão disponíveis para expor em lojas?
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Se surgirem comerciantes interessados na nossa marca, estaremos disponíveis a vendê- -la. O que queremos é criar uma marca com valor. O mesmo se passa com a formação, em que tudo faremos para sermos uma entidade certificada pelo Ins-tituto do Emprego e Formação Profissional.
A cerâmica é uma paixão recente, mas tem outra bem mais antiga, a das marionetas. Como surgiu?
Sempre trabalhei em museus. Estive nove anos no Museu dos Coches e quando cheguei ao José Malhoa, em 1983, pediram--me formação em marionetas. Desde então tenho realizado projectos com escolas de teatro, jovens, idosos e reclusos.
Voltar a trabalhar com reclusos, mas desta vez no âmbito da cerâmica, é uma possibilidade?
Gostei muito de trabalhar com reclusos. É sem dúvida uma actividade a propor à associação e quem sabe começar por dar formação ao estabelecimento prisional das Caldas.