Cancro é a doença que mais preocupa os portugueses. Porquê?
Os principais motivos, dizem os portugueses num estudo de opinião apresentado hoje no âmbito do Think Tank Inovar a Saúde, são que o cancro não tem cura e tem uma elevada taxa de mortalidade.
Para 63% dos portugueses, o cancro é a doença que mais os preocupa. Em segundo lugar está o ébola (10%) e em terceiro as doenças cardiovasculares (5%). Os motivos para a preocupação são sobretudo o facto de acharam que é uma doença sem cura e que tem uma elevada taxa de mortalidade.
Entre os vários tipos de cancro, são o tumor maligno da mama e o do pulmão que mais preocupam os portugueses. Os resultados da perceção dos portugueses sobre o cancro foram conseguidos através de um estudo de opinião, representativo da população portuguesa, realizado pela consultora GFK através de entrevistas presenciais a 1192 pessoas acima dos 18 anos, entre os dias 10 e 21 de outubro.
Os portugueses sentem que estão medianamente informados sobre a doença. Quando questionados sobre que informação gostariam de receber, quase um terço não sabe que informação gostaria de receber. Já 18% gostaria de saber mais sobre prevenção e 14% sobre sintomas.
Sobre a qualidade do serviço prestado no tratamento do cancro, comparando serviço público e privado, a maior parte (37%) considera que é igual. Para os que encontram diferenças, o serviço público é visto como melhor nos cuidados de saúde e o privado no atendimento.
No que diz respeito ao investimento do Estado, a grande maioria acha que é insuficiente para a saúde (tem a mesma opinião em relação a outras áreas como a educação) e sente que o investimento é menor do que há três anos.
Embora sintam que são as doenças oncológicas as que recebem mais dinheiro, sentem que é preciso mais investimento. Consideram como prioritário haver mais investimento para assegurar a rapidez e o acesso a hospitais com capacidade de diagnosticar e tratar todos os doentes, apoio à investigação e desenvolvimento de novos medicamentos e para disponibilizar os melhores tratamentos. Consideram ainda que os tratamentos mais avançados são demasiado caros para o nosso país.