Alegre sublinha liberdade para interpretar poderes do PR

Sampaio voltou ontem a mostrar publicamente que apoia Alegre. Uma "pessoa necessária para unir os portugueses".

O candidato socialista às eleições presidenciais, Manuel Alegre, afirmou ontem que a configuração do regime semipresidencial depende da personalidade do Presidente e da interpretação que ele faz sobre o interesse nacional.

Alegre falava aos jornalistas em Almada, antes de um almoço com o ex-presidente da República Jorge Sampaio, que entendeu reforçar o apoio já manifestado em Junho ao histórico socialista.

Sobre a necessidade de se alargarem os poderes do Presidente da República, Manuel Alegre disse concordar com Jorge Sampaio, que defendeu uma redução do prazo que decorre entre a dissolução do Parlamento e a realização de eleições (55 dias, no mínimo).

Para o candidato, a configuração do regime semipresidencial "depende muito da personalidade do Presidente e da maneira como, em cada momento, interpreta, com plena liberdade, o que é o interesse nacional". "Costumo dar o exemplo do presidente Jorge Sampaio quando nomeou Santana Lopes (PSD) para primeiro-ministro, contra a sua família política, e reforçou a componente parlamentar, e outra quando dissolveu a Assembleia, havendo uma maioria parlamentar, e reforçou a componente presidencial", ilustrou.

Alegre rejeitou "fazer cenários concretos" em relação às decisões que o Presidente da República deve tomar na actual conjuntura política e económica, afirmando apenas que "é preciso haver um grande sentido de responsabilidade": "É um momento de crise, um momento muito difícil, a porta é muito estreita."

Sampaio disse que Alegre é uma pessoa "de causas e tem uma capacidade de palavra muito significativa, necessária hoje para unir os portugueses e dar-lhes um sentido de futuro". "Tem as qualidade, pessoais, intelectuais e políticas para ser presidente."

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