Acusados de 30 roubos conhecem hoje sentença
Sete arguidos acusados de mais de 30 roubos e de duas dezenas de crimes de ofensas à integridade física, cometidos sobre pessoas que se encontravam na via pública, conhecem hoje o acórdão nas Varas Criminais do Porto.
Segundo o despacho de acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto, os suspeitos, com idades entre os 16 e os 21 anos, abordavam as vítimas em várias ruas do Porto e em Gaia e, sob ameaça de facas e agressões físicas, obrigavam-nas a entregar o dinheiro e bens, como telemóveis e carteiras.
Quatro dos arguidos encontram-se em prisão preventiva ao abrigo deste processo no Estabelecimento Prisional do Porto, dois foram libertados no decorrer do julgamento e um outro esteve sempre em liberdade. A leitura do acórdão está agendada para as 14:00 na 1.ª Vara Criminal do Porto.
Os seis episódios de violência constantes no despacho de acusação, a que a agência Lusa teve acesso, ocorreram durante 2012; cinco em ruas do Porto e um em Vila Nova de Gaia.
Em duas situações, os arguidos esfaquearam duas das vítimas, que, segundo a acusação do DIAP, "não correram perigo de vida", apesar de terem ficado vários dias em convalescença e com "cicatrizes permanentes".
Contudo, num desses casos, ocorrido junto ao Café Piolho, no Porto, o coletivo de juízes decidiu proceder à alteração não substancial dos factos, considerando que o ofendido - esfaqueado no pescoço - "correu perigo de vida" e que só não faleceu devido ao "imediato tratamento médico-cirúrgico a que foi submetido".
Esta vítima, que é também assistente no processo reclama dos arguidos o pagamento de uma indemnização de 35 mil euros. O outro ofendido, esfaqueado no abdómen, exige dois mil e quinhentos euros.
Os sete arguidos estão acusados de dezenas de crimes de roubos na forma consumada agravada e alguns na forma tentada. Além disso, respondem por duas dezenas de crimes de ofensas à integridade física qualificada.