“Autismo” proibido no debate político

Adoptada por unanimidade recomendação desaconselhando uso de doença como arma política

A conferência de líderes parlamentares adoptou hoje, por unanimidade, uma recomendação para que no debate político na Assembleia os intervenientes não se acusem uns aos outros de autistas.

A recomendação, sugerida por Luís Carloto Marques, do PSD, surge na sequência de protestos de associações de familiares de vítima da doença, que não gostam de a ver usada como fonte de insulto ou critica política.

É frequente, no debate parlamentar, os participantes acusarem-se uns aos outros de “autismo político”. Na reunião, o PCP disse ser contra processos de “higienismo linguístico” mas concedeu que neste caso há razões para ter cuidado. Curiosamente, a última vez, registada em acta da Assembleia que o “autismo” foi usado como arma de arremesso político foi por responsabilidade do PSD.

Miguel Frasquilho insurgia-se contra o facto de o Governo ignorar várias propostas do seu partido para enfrentar a crise. ”A tudo isto tem o Governo feito ‘ouvidos de mercador’, com a arrogância e o autismo habituais”, disse, em 29 de Janeiro passado.


 

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