Reforma "não vai chegar para pagar as minhas despesas"

O Presidente da Republica comentou hoje a polémica em torno das reformas do Banco de Portugal. Cavaco admite que a reforma que recebe nem chega para pagar as despesas.

O Presidente referiu ontem, no Porto, que recebe 1300 euros de reforma pela Caixa Geral de Aposentações, e "o que somar pelo Banco de Portugal não vai chegar para pagar" as suas despesas.

"Eu descontei, quase quarenta anos, uma parte do meu salário para a Caixa Geral de Aposentações como professor universitário. E também descontei alguns anos como investigador da fundação Calouste Gulbenkian, e devo receber 1300 euros por mês. Não sei se ouviu bem: 1300 euros por mês. Quanto ao fundo de pensões do Banco de Portugal, para o qual eu descontei durante quase trinta anos parte do meu salário, eu ainda não sei quanto é que irei receber, mas os senhores não terão dificuldade".

Em Janeiro de 2011, Belém confirmou que o Presidente da República decidiu prescindir do salário de 6 523,93 euros, optando por receber pensões no valor de 10 042 euros mensais. Cavaco Silva acumula duas pensões: a de professor catedrático na Universidade Nova de Lisboa e a de reformado do Banco de Portugal, que juntas, totalizam os tais 10 042 euros.

Cavaco Silva , que inaugurou as novas instalações das faculdades de Medicina, de Farmácia e do Instituto de Ciência BIomédicas Abel Salazar, no Porto, sublinhou aos jornalistas que foi "um funcionário de nível dezoito, que exerceu funções de direção"

No entanto, "tudo somado, o que irei receber do Fundo de Pensões do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações, quase de certeza, não vai chegar para pagar as minhas despesas, porque como sabe eu também não recebo vencimento como Presidente da República."

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