"Quem diz que vai votar contra o orçamento, está a votar contra Portugal"
Passos Coelho destacou novos dados que colocam o país no "bom caminho", como a subida no 'rating' pela Standard & Poor's.
O presidente do PSD respondeu ao chumbo do orçamento de um governo de coligação, assumido ontem pelo secretário-geral do PS, António Costa. "Não podemos deixar passar em claro certo tipo comportamentos em relação àqueles que, um dia, reunindo com empresários incentivam a estabilidade e, dois dias depois, aparecem a dizer que votam contra o orçamento, mesmo sem saber que orçamento é esse. Quem faz isso, não está a dizer que vai voltar contra o orçamento, mas que vai votar contra Portugal", assinalou.
Pedro Passos Coelho estendeu, mais uma vez, a mão a Costa para um entendimento pós eleitoral na reforma da segurança social: "Espero que no dia a seguir eleições, aconteça o que acontecer, possamos sentar-nos na mesma mesa para acordar reformas importantes, principalmente a reforma das reformas que é segurança social. Lamento que não tenha sido possível antes das eleições", frisou.
Antes tinha destacado, perante a plateia de apoiantes com quem almoçou em Ourém, "três boas notícias nos dois últimos dias": a da subida de rating para Portugal, pela agência financeira Standard & Poor's; o primeiro lugar para Portugal revista Forbes, num top de países em que "vale a pena investir"; e um aumento de 30% das ofertas de emprego, entre agosto de 2014 e agosto de 2015, nos centros de emprego.
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Estranhou que os partidos da oposição não atribuam o "devido destaque" a estas boas notícias. "Estamos a assistir ao retorno de uma velha política, a um velho espírito demagógico, palavroso em que tudo está mal, porque todas as boas notícias podem representar desvantagem para aqueles que têm a ambição de ganhar as eleições. É achar que só temos sorte se o país estiver suficientemente mal para que as suas propostas sejam melhores"
Mas foi Paulo Portas a lançar o primeiro ataque a António Costa. "Já passaram dois dias deste o tal debate das rádios. O secretário-geral do PS já fez várias intervenções e em nenhuma foi capaz de esclarecer a dúvida sobre onde e a quem a quem vai cortar aqueles 1000 milhões de prestações sociais aos mais pobre", constatou. Portas classificou o programa do PS para a segurança social "injusto, aventureiro e perigoso. Preparam-se cortar pensões mais pobres e apoios sociais para os mais pobres e querem continuar a ver o estado pagar pensões milionárias".