PSD protege Macedo e empurra Portas para a linha da frente. CDS incomodado

Portas vai dar a cara no Parlamento sobre o caso dos vistos gold. Macedo resguarda-se, depois de ter garantido a Passos que nada tem que ver com o caso.

Foi a forma com que Luís Montenegro lavou as mãos de responsabilidades - ou, para que se entenda, empurrou as explicações para Paulo Portas - que indignou o CDS. Confrontado pelos jornalistas com a investigação aos vistos gold e sobre qual seria a disponibilidade do governo para esclarecer o caso na Assembleia da República, o presidente do grupo parlamentar do PSD nem pestanejou. "Se a tutela desta área é do vice--primeiro-ministro e se é ele que tem sido o porta-voz do governo sobre ela, naturalmente ele dará as explicações", afirmou, afastando, para já, qualquer audição ao ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.

Ao DN, um membro da direção centrista não negou o incómodo e replicou: "Se é à boa solução para atrair investimento que Luís Montenegro se referia, então, sim, a responsabilidade política é do CDS. Se era das más utilizações dessa porta, desses princípios que foram abertos, aí não tem nada a ver com o CDS."

Macedo fechado e em silêncio

Miguel Macedo esteve ontem todo o dia no seu gabinete e não acedeu às tentativas de contacto do DN. A sua porta-voz disse não ter recebido "nenhuma orientação" para responder à investigação dos vistos dourados. O mesmo silêncio se impôs do lado do secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, que tinha a tutela direta do SEF. Ambos tiveram ontem os inspetores da PJ, liderados pela própria procuradora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), titular da investigação, à sua porta.

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