PSD diz que há "tendência positiva e consistente" de descida do desemprego

O líder parlamentar do PSD defendeu hoje que a descida da taxa de desemprego em agosto face a julho, de 16,6% para 16,5%, revela uma "tendência positiva e já consistente" e mostra-se espantado com a reação do PS.

"Os números que hoje foram conhecidos são muito elucidativos porque revelam uma tendência muito positiva e já consistente de diminuição da nossa taxa de desemprego, estamos a falar de seis meses em que a taxa tem vindo a diminuir e é hoje cerca de 1% mais baixa do que em fevereiro deste ano", afirmou Luís Montenegro.

Numa declaração aos jornalistas, no Parlamento, o presidente do grupo parlamentar social-democrata ressalva que, contudo, "na maioria e no PSD ninguém desconhece que o desemprego em PT é elevado, não é de agora, e que o país se deve mobilizar de uma forma muito firme para inverter essa situação".

No entanto, Montenegro salientou que "até na comparação com o plano europeu, que Portugal já não é, como era, o segundo país com uma taxa de desemprego mais elevada, é o quinto país com uma taxa de desemprego mais elevada".

Para o líder da bancada do PSD, esta diminuição do desemprego "vem dar corpo ao esforço que os portugueses e que o país está a desenvolver, em consonância com o espírito renovador do Governo".

"De espantar é a reação dos partidos da oposição, em particular do Partido Socialista. Creio que ninguém compreende que, mais uma vez, perante um dado que é evidente e inequívoco, o Partido Socialista apareça zangado com essa circunstância, zangado com o facto de o desemprego estar a diminuir", acusou.

"Até parece que o PS desejava que o desemprego estivesse a aumentar para vir vangloriar-se do caminho errado que, no entender do PS, o Governo está a seguir. É bom que todos tenhamos confiança na capacidade do país, na capacidade de darmos a volta a uma situação gravíssima, e que vem sendo atestada não só por este indicador", argumentou.

A taxa de desemprego em Portugal desceu ligeiramente em agosto face a julho, de 16,6% para 16,5%, mantendo-se como a quinta mais elevada da União Europeia, segundo os dados divulgados hoje pelo Eurostat.

No boletim relativo ao mês de agosto, o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia reviu em alta de 0,1 pontos percentuais a taxa de desemprego em Portugal no mês de julho (16,6% e não 16,5%), tendo ainda revisto em baixa os valores do desemprego divulgados no mês passado sobre a zona euro (de 12,1% para 12%) e entre os 28 Estados-membros (de 11% para 10,9%).

O Eurostat justifica esta revisão com a inclusão no processo de cálculo da taxa de desemprego dos dados mais recentes do estudo da União Europeia sobre a força de trabalho.

Segundo estes dados do gabinete de estatísticas comunitário, registou-se em Portugal, face a julho, uma redução de dois mil desempregados (de 879 mil para 877 mil), continuando o país com a quinta taxa de desemprego mais elevada entre os 28, atrás da Grécia (27,9% em junho), Espanha (26,2%), Chipre e Croácia (ambos com 16,9%).

De acordo com o Eurostat, o desemprego jovem em Portugal (cidadãos com menos de 25 anos) recuou para os 36,8% em agosto, face aos 37,7% verificados em julho.

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