PS remete diálogo com PSD para "sede parlamentar"
Sociais-democratas e socialistas regressam às trocas epistolares. Marco António insistiu em reunir com direção de Seguro, apesar de lamentar tom da primeira resposta, mas Miguel Laranjeiro pede "propostas concretas"
Depois de uma primeira troca de cartas, na quinta-feira à noite, o PSD insistiu esta sexta-feira de manhã, de novo por Marco António Costa, no convite ao PS "para uma reunião de trabalho sobre o tema da reforma do Estado". A resposta seguiu na volta do correio, assinada por Miguel Laranjeiro: os socialistas afirmaram-se disponíveis "para todos os debates de interesse nacional, na sede adequada que é o Parlamento".
À troca epistolar, seguiram-se o jogo das declarações. O secretário nacional do PS, Miguel Laranjeiro, falando aos jornalistas no Parlamento, reafirmou que a direção de António José Seguro aguarda que "o PSD apresente propostas concretas para o PS as discutir em sede parlamentar".
O deputado também não vê necessidade de uma comissão eventual para a reforma do Estado por entender que "há 12 comissões de todas as áreas" e que "nesse âmbito" os socialistas aguardam as referidas "propostas concretas", recusando uma discussão genérica sobre a reforma.
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A resposta veio pelo vice-presidente do PSD, Pedro Pinto, que se mostrou surpreendido pela resposta negativa do PS, dizendo que não tinha memória de uma resposta assim. Pedro Pinto notou que "não há rutura entre PSD e PS", esperando que os socialistas ainda respondam.
Ao facto dos sociais-democratas ainda não terem comentado o guião da reforma do Estado, apresentado por Paulo Portas, apesar de insistirem agora na sua discussão com o PS, o "vice" social-democrata limitou-se a afirmar que "seria caricato que houvesse um guião apresentado pelo vice-primeiro-ministro e pelo Governo que não tivesse aprovação do PSD".