Programa de ajuda termina em junho por causa do FMI
O Governo mantém 17 de maio como "a data contratual acordada entre Portugal e a troika para o fim do Programa". Mas "constrangimentos" do FMI atiram conclusão definitiva para cinco semanas depois das eleições europeias.
Numa carta enviada à troika, assinada pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e revelada esta sexta-feira pela TSF, o Governo veio pedir a prorrogação "técnica" por seis semanas do programa de assistência económica e financeira.
No quarto parágrafo dessa carta pode ler-se: "Pedimos uma extensão técnica do programa, por cerca de seis semanas, até 30 de Junho de 2014, para permitir tempo suficiente para completar a última revisão, e a entrega da última tranche, de 800 milhões de euros."
Ao DN, fonte do Governo esclareceu que "a data contratual acordada entre Portugal e a troika para o fim do Programa é 17 de maio de 2014", mas, refere a mesma fonte, "a missão técnica do FMI informou que, por regras processuais do próprio FMI, as etapas que conduzem ao desembolso da última tranche só deverão estar concluídas em junho".
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O Governo diz ser "compreensivo com os constrangimentos mencionados" e por isso solicita a tal "extensão técnica", mas a referida fonte sublinha que "antes de 17 de maio será concluída a última avaliação e comunicado o respetivo resultado".
Antes dessa data, "o Governo já terá decidido e comunicado, interna e externamente, a estratégia de saída do Programa". Ou seja, se será uma "saída limpa" ou haverá lugar a um programa cautelar.
Ainda esta sexta-feira, ao final da tarde, Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque farão a apresentação da 11.ª e penúltima avaliação da troika.