Pedro Pinto, do PSD, renuncia a mandato em Sintra
O deputado e vice-presidente do PSD Pedro Pinto renunciou ao mandato na Câmara de Sintra, para o qual foi eleito nas últimas eleições autárquicas em coligação com o CDS-PP.
Em carta enviada ao presidente da autarquia, o social-democrata que liderou a coligação Sintra Pode Mais nas eleições autárquicas de 29 de outubro de 2013 solicitou "a renúncia ao mandato, por motivos pessoais".
Pedro Pinto, na missiva datada de 04 de abril e que a Lusa teve acesso, desejou a Basílio Horta (PS) "as maiores felicidades pessoais e políticas na condução da Câmara Municipal de Sintra".
O deputado e vice-presidente do PSD já tinha suspendido o mandato de vereador após a lista PSD/CDS-PP ter obtido apenas 13,8% dos votos, ficando atrás do candidato do PS (26,8%) e do movimento independente Sintrenses com Marco Almeida (25,4%).
"O PSD está muito bem representado no executivo da Câmara Municipal de Sintra pelos vereadores Luís Patrício e Paula Neves. Sei que ambos vão defender o projeto Sintra Pode Mais como o concebemos desde o início para Sintra andar para a frente", afirmou Pedro Pinto, a 28 de outubro. A mensagem na página da sua candidatura no Facebook foi divulgada após o PS ter chegado a acordo com o PSD e a CDU para assumirem competências no executivo.
Marco Almeida, que foi vice-presidente da câmara nos três mandatos do social-democrata Fernando Seara, avançou com uma candidatura independente após o PSD ter escolhido como candidato Pedro Pinto.
Para António Capucho, líder da bancada do movimento SMA na assembleia municipal, a renúncia de Pedro Pinto "veio avolumar a péssima imagem deixada pelo PSD no concelho de Sintra". O autarca independente classificou como "bizarro" todo o processo da escolha de Pedro Pinto e considerou que "apenas se destinou a impedir a candidatura de Marco Almeida".
António Capucho, que foi um dos militantes sociais-democratas expulsos do partido por integrarem listas independentes nas últimas autárquicas, lamentou que o PSD tenha preterido Marco Almeida, "apoiado pelas estruturas locais", a favor da "candidatura seguidista" da direção nacional e de Pedro Passos Coelho.