PCP questiona se Governo sabe de tentativa de coação de tripulantes que iam fazer greve
O Partido Comunista pergunta a Pedro Nuno Santos se considera "plausível e aceitável" que a administração da TAP tente "coagir os trabalhadores" e se a tentativa de condicionar a adesão à greve coloca "em causa o direito constitucional".
O PCP questionou esta sexta-feira o Governo sobre uma alegada tentativa de coação por parte da administração da TAP para dissuadir tripulantes que planeavam fazer greve entre quinta e sexta-feira.
Relacionados
Numa pergunta endereçada ao ministro das Infraestruturas, através do parlamento, o PCP questiona se Pedro Nuno Santos tem conhecimento de que "a administração da TAP enviou uma mensagem de correio eletrónico aos tripulantes de cabine, dias antes da greve decretada para 8 e 9 de dezembro, onde solicitava que os trabalhadores nomeados para um serviço de assistência nos dias da greve informassem se iriam fazer greve".
A bancada comunista pergunta ao executivo se considera "plausível e aceitável" que a administração da companhia aérea tente "coagir os trabalhadores" e se a tentativa de condicionar a adesão à greve coloca "em causa o direito constitucional".
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
O PCP quer também saber se o Governo pondera "intervir junto da administração da TAP" para "impedir tais práticas".
Os comunistas denunciam que a mensagem enviada pela administração da TAP pedia uma resposta dos tripulantes "até às 22:00" de 7 de janeiro, véspera do início da greve, "e caso não houvesse resposta, iria assumir que o trabalhador estaria em greve".
"O direito à greve é um direito constitucional dos trabalhadores e o seu exercício não requer informação à empresa pelo trabalhador", sustenta a bancada comunista, advertindo que é "urgente reverter" as "tentativas de intimidação e o prolongamento dos cortes nos salários e direitos dos trabalhadores da TAP".