PCP avança com interpelação sobre política de Saúde

O PCP vai realizar a 12 de Outubro uma interpelação ao Governo sobre política de saúde. No encerramento das Jornadas Parlamentares de Torres Novas Bernardino Soares refere que os comunistas irão assim confrontar "o Governo com as consequências de sua política, e com a gravidade da situação que hoje se vive no Serviço Nacional de Saúde".

O líder parlamentar comunista anunciou igualmente a entrega de um pacote de diplomas na área da Saúde. Entre estes um projectos-lei para eliminar a possibilidade de privatização das Unidades de Saúde Familiar,que os governos PS introduziram na legislação e o Governo PSD/CDS se prepara para utilizar.

Os comunistas avançam ainda com um projecto de resolução que aponte para a inclusão nos serviços de saúde dos profissionais que neles prestem serviço.

O PCP vai , por fim, entregar um diploma a possibilitar "a dispensa gratuita de medicamentos em ambulatório nos hospitais públicos, nos casos em que o seu custo para o hospital seja inferior ao valor da comparticipação paga pelo Estado no mercado privado.

Os comunistas contestam por fim a celebração de novos acordos da ADSE com grandes hospitais privados e tencionam aproveitar a interpelação de 12 de Outubro para exigir explicações ao executivo.

Bernardino Soares lamentou, ainda, as "contas de merceeiro do Ministro da Saúde". Em causa o apoio dado por Paulo Macedo ás conclusões de um estudo conduzido pela Escola Nacional de Saúde Pública e pela Universidade Nova de Lisboa para a Fundação Francisco Manuel dos Santos onde se referem hipótese de poupanças de 804 milhões de euros.

"As oportunidades de melhoria de eficiência nos hospitais apontam para um potencial de redução dos custos em excesso estimada em cerca de 804 milhões de euros, o que representa 34% dos custos do internamento, ou 21% dos custos totais dos hospitais ou ainda perto de 10% dos custos totais do SNS", pode ler-se nas conclusões preliminares do estudo que pretende fazer uma caracterização da evolução da despesa e dos custos no SNS e que foi apresentado aos responsáveis políticos.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG