Passos: "Tal como as dívidas são para se pagar, os acordos são para se cumprir"
O primeiro-ministro afirmou hoje que, "tal como as dívidas são para se pagar, os acordos são para se cumprir", defendendo a inscrição no "direito primário" português da "regra de ouro" sobre o défice acordada no Conselho Europeu.
"Não podemos continuar de cimeira em cimeira anunciando compromissos que acabam por não ser cumpridos. Os acordos são para ser cumpridos e respeitados", afirmou Pedro Passos Coelho, durante o debate quinzenal no Parlamento.
"Tal como as dívidas são para se pagar, os acordos são para se cumprir", reforçou o primeiro-ministro, recebendo palmas das bancadas da maioria PSD/CDS-PP.
Passos Coelho argumentou que "a inscrição de uma regra de ouro a nível do tratado e do direito primário nacional corresponde ao reforço da credibilização dos compromissos assumidos nos pactos de estabilidade e crescimento, comprometendo grandes e pequenos países".
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Em seguida, Passos Coelho referiu que as negociações "para uma nova união orçamental de estabilidade "terão início "a muito breve trecho", considerando que vão ser "complexas e difíceis".
Quanto à atitude do Governo nessas negociações, o primeiro-ministro acrescentou: "Não favoreço, em negociações desta natureza, uma diplomacia de megafone. Um decisor político não se deve comportar como um comentador. Como tenho afirmado, a Europa não precisa de cacofonia".