Montenegro: "Vamos às europeias para ganhar"

Luís Montenegro quer "protagonistas" do PSD, mas "também absorver gente da sociedade" nas listas das eleições europeias.

Ainda falta mais de um ano para as eleições europeias, mas Luís Montenegro, presidente do PSD, já traçou critérios para a escolha de nomes e quer "enriquecer" a lista laranja com "gente da sociedade". O objetivo, diz, é "reforçar" a delegação social-democrata no Parlamento Europeu.

"Nós vamos às eleições europeias para ganhar e para reforçar a representação do PSD no Parlamento Europeu", afirmou, admitindo que ainda não escolheu nomes, mas já traçou critérios para a lista de candidatos.

"O PSD terá uma lista que possa exprimir a qualidade dos nossos dirigentes, dos nossos militantes e possa também absorver gente da sociedade que enriqueça o papel do nosso grupo no Parlamento Europeu", disse, após ser questionado sobre a possibilidade do partido vir a convidar Rui Moreira, atual presidente da Câmara do Porto, para cabeça de lista.

"Considero que há opções que podem engrandecer a lista do PSD, não há dúvida nenhuma sobre isso", afirmou, perante a insistência sobre se Rui Moreira seria um nome sondado.

Montenegro falava em Bruxelas, à margem de um encontro com a presidente do Parlamento Europeu, na véspera da cimeira europeia e da cimeira do PPE, a família política do PSD, na qual participará amanhã, mantendo ainda um encontro com a presidente da Comissão Europeia.

A deslocação a Bruxelas não tem assim por objetivo conversar com os atuais eurodeputados. Aliás, Montenegro deixou mesmo uma garantia: "Não vim tratar desse assunto."

Questionado sobre quando fará a apresentação dos candidatos, assume não ter ainda um calendário pré-definido, mas "será a tempo dos eleitores poderem amadurecer a sua decisão".

Abstenção

Luís Montenegro chamou ainda atenção para as datas que estão em cima da mesa, a nível europeu, para a realização das Europeias 2024, considerando que é preciso que, no caso de Portugal, sejam evitadas datas propícias a contribuir para a abstenção.

"Como sabemos, houve uma proposta inicial para que se realizassem no dia 26 de maio. Há uma objeção por parte da Alemanha, creio que em virtude de haver eleições em duas regiões", detalhou, assinalando que "há a pretensão de alguns países para que elas se possam realizar no dia 2 de junho".

"Há uma certeza que tenho, em Portugal, eleições europeias no dia 9 de junho, um domingo véspera do feriado de 10 de junho, é um contributo inestimável para uma abstenção elevadíssima que nós todos devemos combater", afirmou Montenegro, deixando um apelo a António Costa: "Espero que na reunião do Conselho Europeu seja forte na argumentação e seja bem-sucedido na pretensão, que só pode unir os partidos portugueses, de que as eleições não se realizem na véspera do feriado de 10 de junho no próximo ano."

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