Mendes sugere a PS que apresente ministro das Finanças
Luís Marques Mendes, antigo líder do PSD, afirmou hoje que se o líder do PS apresentasse "um nome credível" para a pasta das Finanças num eventual Governo "diminuía o seu défice de credibilidade".
Numa intervenção na Universidade Política de Lisboa, promovida pela concelhia da capital da JSD, Marques Mendes afirmou que se "[António José] Seguro aparecer com um nome credível para a pasta das Finanças, o seu défice de credibilidade diminui".
"As pessoas querem saber em quem votam e com quem contam", resumiu Marques Mendes, acrescentando que além de ideias e do programa eleitoral se devia "apresentar o núcleo duro da equipa governativa e, pelo menos, o ministro das Finanças", defendeu.
O antigo presidente do partido social-democrata disse que essa apresentação "nunca se fez", mas recordou ser esta a primeira vez que os eleitores votam para o Parlamento Europeu e "indiretamente elegem o presidente da Comissão Europeia".
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Marques Mendes não deixou, porém, de criticar as declarações do líder socialista numa entrevista publicada no sábado em que não "diz mais nada" sobre como fazer a economia crescer.
"E como é que se faz? Por magia e vai levar o Luís de Matos para o ministro das Finanças? Ou carrega num botão?", questionou o também comentador, que sublinhou a necessidade de "obrigar, politicamente falando, a dizer como é que fazem as coisas".
Para a campanha eleitoral para as eleições de 25 de maio, o comentador sugeriu aos candidatos que "prestassem uma homenagem aos portugueses", enumerando, em especial, pensionistas, jovens, trabalhadores por conta de outrem, empresários e funcionários públicos face aos sacríficos que fizeram.
Ao intervir sobre a competitividade e a natalidade, Marques Mendes lançou a ideia de mães e pais poderem trabalhar em tempo parcial nos primeiros anos dos seus filhos, mas serem pagos na totalidade com recurso a ajudas de fundos comunitários.
Neste último dia da Universidade Política de Lisboa, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, interveio, numa sessão fechada à comunicação social, sobre "Portugal, Europa e mundo global" da parte da manhã, em vez de o fazer à tarde, como previsto.
A organização justificou a alteração do programa com a agenda de compromissos de Paulo Portas.
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