Mais dois secretários de Estado recebidos com "Grândola"
O secretário de Estado da Inovação e do Empreendedorismo, Franquelim Alves, e o dos Transportes, Sérgio Monteiro, foram recebidos hoje em Faro por um grupo de manifestantes que entoaram "Grândola, Vila Morena".
Franquelim Alves e Sérgio Monteiro participaram esta tarde nas 2.ªs Jornadas de Consolidação, Crescimento e Coesão, organizadas pelo PSD, no auditório do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) em Faro.
O grupo de manifestantes, constituído por cerca de duas dezenas de pessoas, concentrou-se à entrada do IPDJ, mas foi impedido pela Polícia de entrar nas instalações. Os manifestantes, que exibiam cartazes alusivos ao movimento "Que se Lixe a Troika", entoaram a canção de Zeca Afonso e gritaram palavras de ordem contra o governo e o BPN.
Além de chamarem "gatunos" aos governantes, entoaram cânticos com a sigla BPN e queixaram-se de não terem sido autorizados a entrar no IPDJ. "Isto é só para convidados. É para quem roubou no BPN, não é para quem paga!", gritaram, pedindo a demissão do executivo de Passos Coelho.
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No local, concentraram-se ainda elementos da União dos Sindicatos do Algarve (USAL), que fizeram um protesto silencioso, ostentando uma faixa onde se lia: "Mudar de Política e de Governo".
Antes da chegada dos dois governantes, a PSP encerrou a rua ao trânsito automóvel, controlando de perto os passos dos manifestantes.
Nas colunas à entrada do edifício, foi pintada a sigla PBN, mas a organização das jornadas tentou ocultar os "grafites" com cartazes.
Na última semana já se realizaram meia dúzia de protestos destes. O primeiro foi num debate quinzenal, na Assembleia da República, quando o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho se preparava para falar.
Seguiram-se, em duas ocasiões, protestos contra Miguel Relvas: uma em Gaia, no Clube de Pensadores, e outra no ISCTE, numa conferência sobre os 20 anos da TVI, a qual impediu o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares de discursar.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, o da Defesa, Miguel Macedo, e o da Economia, Álvaro Santos Pereira, foram os outros alvos dos protestos populares.