"Gostaria de ver um acordo entre PS e PSD a dez anos"
Alexandre Soares dos Santos diz que em junho de 2014, data fixada para o final do programa de ajustamento, gostaria de ver um acordo entre PS e PSD a dez anos que tivesse como objetivo "recuperar o País", sem olhar para as próximas eleições.
Em entrevista n'O Estado da Nação, programa de entrevistas conduzido por João Marcelino, diretor do DN, e Paulo Baldaia, diretor da TSF, o ainda presidente do conselho de administração do grupo Jerónimo Martins escolheu debater o destino europeu de Portugal, bem como o investimento e iniciativa privada no País.
Sublinhou a necessidade de Portugal se consolidar como nação europeia, reconhecendo que, até há poucos anos, os portugueses mais facilmente aceitariam ligar-se a Angola ou Moçambique do que aderir à União Europeia. Admite que o Brasil, enquanto economia emergente, não precisa de Portugal, sendo melhor estratégia a de trabalhar para reforçar a união dos estados-membros da UE e que estes possam assumir-se como bloco na relação com o mundo.
Defende que há mudanças na sociedade portuguesa e também no seu tecido empresarial, garantindo que "o mundo analfabeto acabou" e que os partidos não estão a conseguir acompanhar este devir. Daí o crescimento dos candidatos independentes que, considera, é negativo e preocupante.
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Lamenta que, em Portugal haja Estado "por todo o lado" e diz que as empresas têm de terminar com esta dependência. Mas admite que há sectores de onde o Estado não pode sair, nomeadamente a saúde e a educação.
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