Fazer "do Terreiro do Paço um terreiro do povo"
Arménio Carlos falou pela primeira vez na reunião magna da central sindical, centrando a sua atenção no desemprego e nas políticas do governo que "massacram as famílias"
Arménio Carlos quer que os trabalhadores façam, a 11 de fevereiro, "do Terreiro do Paço um terreiro do povo", para responderem assim "à política de desastre social", que "massacra a generalidade das famílias", disse esta tarde referindo-se à jornada de luta anunciada para esse dia pela CGTP
O desemprego e a política económica do Governo foram o mote para a primeira intervenção no XII Congresso da Intersindical do sucessor indicado de Carvalho da Silva, que será confirmado hoje à noite como secretário-geral da central sindical. Arménio Carlos enunciou aspetos do acordo de concertação social rejeitados pela CGTP-Intersindical Nacional (assim, por extenso, como se referiu sempre à central). Para recordar que não "aceitam o trabalho forçado", "estão contra a expulsão dos nossos jovens", das "políticas que desbaratam os recursos" do país.
Citando Eduardo Galeano, o próximo líder da central sindical, afirmou que "jamais aceitaremos que 'o direito laboral seja reduzido ao direito de trabalhar pelo que quiserem pagar e nas condições que quiserem impor'".
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Em síntese, "este é um acordo ótimo para os patrões, péssimo para os trabalhadores". Mas "o país não está condenado ao fracasso", assegurou o sindicalista, que por isso apelou à mobilização "sem exceção" de "todos" para o dia 11 de fevereiro.