Discurso de Poiares Maduro interrompido por protestos
O discurso do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, no encerramento do congresso da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), foi hoje interrompido por protestos dos presentes. Miguel Poiares Maduro desvaloriza.
(Atualizada às 16h40 com reação do ministro aos protestos)
Ao subir para o palco e ainda antes do início dos discursos, o governante já tinha sido vaiado pelos congressistas que enchiam o auditório principal do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro.
Assim que chegou a vez de Poiares Maduro discursar, começaram a ouvir-se frases como "A luta continua, Governo para a rua" e "Fascismo nunca mais".
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Apesar dos apelos à calma do presidente da mesa do congresso, Diamantino Santos, os ânimos continuaram exaltados.
"O estar presente é um ato voluntário, respeitemos os que querem aqui estar e ouvir o ministro", apelou Diamantino Santos.
Alguns dos presentes exibiram mesmo faixas com as inscrições "Defender os serviços públicos e servir as populações" e "Pelas freguesias 25 de Abril sempre".
Cerca de metade das pessoas abandonaram a sala e o governante retomou o discurso minutos depois, defendendo que deve haver "tolerância por todos os pontos de vista".
Mais tarde, o ministro desvalorizou os protestos, agradecendo a receção feita pela "grande maioria". "Na democracia o protesto é normal e aceitável. Há locais em que pode ser mais ou menos apropriado, mas é uma circunstância a que não atribuo grande importância. A realidade é que tive, da grande maioria dos autarcas das freguesias, uma receção que gostaria de agradecer, sendo que muitos deles continuam naturalmente com alguma sensibilidade forte frente ao governo, atendendo a algumas das reformas que aconteceram no passado", comentou aos jornalistas.