Directora do Orçamento "não invocou discordâncias políticas"

Maria Eugénia Pires esclareceu que a sua carta de demissão "não invoca nenhumas discordâncias políticas com as opções de política orçamental adoptadas pelo Governo".

Em nota oficial, a directora-geral do Orçamento assume que a sua saída "estava a ser ponderada há já algum tempo".

A economista explica que "o fim do ano marca o fecho do ciclo da execução orçamental de 2011 e o fim da preparação do ano de 2012" e é, por isso, "o momento oportuno para efectivar a saída".

A notícia da demissão da director-geral do Orçamento foi conhecida início da tarde.

O Diário Económica escreve que a principal razão invocada para bater com a porta foi a decisão do Governo de acabar com o sistema de controlo trimestral da despesa pública.

Este instrumento foi criado pelo ex-ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, para reforçar as garantias da redução do défice.

Maria Eugénia Pires foi nomeada em Maio de 2010 para o cargo Luís Morais Sarmento que hoje é secretário de Estado do Orçamento de Vítor Gaspar.

Antes era adjunta do secretário de Estado do Orçamento do Governo socialista Emanuel dos Santos.

Mestre em Financial Economics pela University of London, Eugénia Pires integrou os quadros do ministério das Finanças após mais de uma década a trabalhar em Moçambique.

A directora-geral do Orçamento deixará o cargo na próxima semana.

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