Critérios à medida para administração pública
Na avalanche de concursos abertos para a administração pública, nas últimas semanas - que estão sob avaliação da Comissão de Recrutamento e Seleção da Administração Pública (CRESAP) - há critérios apontados e preferências definidas que apontam para cargos à medida. Dá-se preferência, por exemplo, a quem tenha desempenhado "cargos de dependência direta de membro do governo" e noutro "a prestação de apoio técnico especializado aos membros dos gabinetes do Ministério das Finanças".
Dá-se preferência, por exemplo, a quem tenha desempenhado "cargos de dependência direta de membro do governo" e noutro "a prestação de apoio técnico especializado aos membros dos gabinetes do Ministério das Finanças".
Interpelados pelo DN, os gabinetes governamentais justificaram-se com a lei orgânica dos ministérios e com os termos dos concursos aprovados pela CRESAP, a quem cabe "definir os critérios finais dos candidatos aos diferentes concursos e não ao Governo", como explicou o Ministério da Solidariedade, Emprego e da Segurança Social.
Já o presidente da Comissão, João Bilhim, remete a definição do perfil "nos termos da lei [para] o membro do Governo", embora sublinhe que "o júri, pode e deve alterar se encontrar erro grosseiro ou algo que para o júri cheire a fotografia". E adiantou que os júris já alteraram "cerca de 50% dos perfis" (ver texto ao lado), admitindo agora erros cometidos, que justifica com "o facto de no mês do Natal" terem sido abertos "cerca de 200 concursos".
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