Costa: Um futuro governo, caso ganhe, será "renovado, mais curto e mais ágil"
O primeiro-ministro deixou pistas para o que será o modelo de governo, caso o PS vença as eleições legislativas de janeiro. E disse que Van Dunem na Administração Interna é "mudança sólida, de transição".
António Costa antecipou na manhã deste sábado aquilo que será um futuro governo, caso o PS vença as legislativas de 30 de janeiro. "Renovado, mais curto e mais ágil". Foram estas as palavras do primeiro-ministro à chegada ao congresso de autarcas socialistas, em Lisboa, quando questionado pelos jornalistas acerca da mudança imposta pela demissão de Eduardo Cabrita.
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Costa definiu esse modelo de governo como "adequado aos novos tempos". Afirmou que planeava implementá-lo após a aprovação do Orçamento de Estado, mas perante o chumbo, considerou que "não fazia sentido" levar essa ideia avante.
Assim, após as eleições em que os"portugueses escolherão a solução governativa que desejam", caso o PS vença, o que tem pensado é "uma equipa governativa renovada, mais curta e mais ágil".
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Até lá, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, acumula as funções de ministra da Administração Interna após a demissão de Eduardo Cabrita, na sequência da acusação por homicídio involuntário do motorista que conduzia a viatura oficial que teve um acidente na A6 em junho e do qual resultou uma vítima mortal.
António Costa considerou esta uma "mudança sólida, de transição", dizendo que Van Dunem é "uma mulher com larga experiência" nas áreas da justiça e administração interna, que "com facilidade" assume esta pasta.
A tomada de posse de Francisca Van Dunem, que recentemente disse em entrevista ao Público que não pretendia continuar como ministra num próximo governo, acontece hoje às 15.00.
Os dois secretários de Estado da equipa de Eduardo Cabrita no Ministério da Administração Interna: Antero Luís, secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, e Patrícia Gaspar, secretária de Estado da Administração Interna, são reconduzidos.
Interrogado sobre as razões invocadas por Eduardo Cabrita para se demitir das funções de ministro da Administração Interna, António Costa alegou que "essa questão ficou respondida" na sexta-feira.
Eduardo Cabrita "disse-me que, tendo chegado a uma fase do processo judicial onde havia um primeiro indício claro de dedução da acusação era a altura de poder sair", argumentou.