Campanhas internas não favorecem adversários, diz Passos

O líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, congratulou-se na noite de sexta-feira, em Coimbra, com "a genética" do PSD por nas campanhas internas não favorecer os adversários políticos.

"No PSD, estamos habituados a fazer as nossas campanhas internas, sem que com isso consigamos dar nenhum contributo aos nossos adversários para que no dia a seguir às eleições nos possam dizer que não nos respeitamos, que não sabemos digerir as nossas diferenças, que não nos sabemos unir em torno daquilo que é essencial", afirmou Pedro Passos Coelho, sustentando que "o essencial é sempre o país".

Para o presidente do PSD e primeiro-ministro, "a generalidade das pessoas presta atenção a estes pormenores".

"A genética" do PSD é "diferente daquela que se pode observar em muitos outros", defendeu.

Pedro Passos Coelho voltou a criticar a herança deixada por anteriores governos, referindo que "a competitividade das empresas foi-se perdendo, os défices da economia foram-se acumulando" e a dívida privada aumentou.

"Não estamos a fazer outra coisa se não pagar os calotes e as dívidas do passado. E estamos sempre a reconhecer mais dívida gerada" por governos anteriores, sublinhou o primeiro-ministro, referindo a transição do "défice tarifário para a dívida pública", que pretende fazer desaparecer "em 2020".

Os três anos de governação de Passos Coelho foram dedicados à estabilização "da situação financeira do país, mas também a reformas estruturais importantes", disse o presidente dos sociais-democratas, considerando que seria necessário "atuar sobre o número dos efetivos" públicos, contudo o Estado "só pode contar com aqueles [funcionários] que se vão aposentando ou que vão rescindindo".

"Esses instrumentos não estão à nossa disposição, mas podemos simplificar muito a vida dentro do próprio Estado", realçou, apontando para uma segunda legislatura para que o Governo possa "concluir o processo de reforma do Estado, que ninguém teve coragem de fazer ao longo dos anos".

O primeiro-ministro falava num jantar, durante o qual tomaram posse os novos órgãos sociais do PSD do distrito de Coimbra, em que também esteve presente Marco António Costa, vice-presidente do partido.

O novo presidente da distrital de Coimbra, Maurício Marques, defendeu, no seu discurso, a criação de uma "autoestrada entre Coimbra e Viseu", a requalificação da gare ferroviária de Coimbra-B, que classificou de "apeadeiro", a requalificação da linha da Beira Alta para uma "ligação do porto da Figueira da Foz a Espanha" e a reposição da ligação ferroviária entre Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo.

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