Calendário eleitoral da IL "equilibra todos os interesses em jogo", diz Rui Rocha
Rui Rocha e Carla Castro estão na corrida para a sucessão de João Cotrim Figueiredo nas eleições antecipadas da Iniciativa Liberal.
À saída do Conselho Nacional de cerca de 13 horas que decidiu, entre outras questões, que a VII Convenção Nacional da IL vai ser em Lisboa, a 21 e 22 de janeiro do próximo ano, Rui Rocha afirmou que tinha sido um "dia muito feliz" para o partido, sublinhando a "discussão e o debate aberto".
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"Prevaleceu a ideia de que era necessário um calendário alargado para que todos pudessem apresentar as suas candidaturas, conhecer bem as candidaturas e as propostas. Seria um erro insistir num calendário mais restrito que tiraria a possibilidade de um debate que seria muito importante", defendeu.
Para Rui Rocha, as eleições internas em janeiro são "uma data que equilibra todos os interesses em jogo" uma vez que este calendário eleitoral é "fundamental para esclarecimento dos membros e para que o país possa acompanhar a discussão sobre a liderança" do partido.
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"Não apresentei uma proposta minha porque havia uma moção em cima da mesa que cumpria os objetivos que tinha determinado e felizmente veio a ser aprovada", explicou.
Na análise do deputado, há um "debate interno para fazer, uma nova liderança para escolher", mas continua a haver "um país lá fora onde a presença da IL é fundamental face à degradação do ambiente político, do contexto político, às dificuldades que os portugueses apresentam".
"Estou muito feliz pelo resultado dessa clarificação interna que vai ser possível fazer, do ponto de vista do debate de ideias, da escolha de uma nova liderança, quer das condições que daqui saem para que a IL possa crescer e afirmar-se e fazer um combate político, às políticas socialistas que estão a condenar o país a mais anos de estagnação e dificuldade económica", defendeu.
Sobre a dimensão da Comissão Executiva que vai apresentar -- a sua opositora Carla Castro prometeu um órgão com a dimensão mínima permitida pelos estatutos, ou seja, 15 membros -- Rui Rocha explicou que, para ser possível um "adequado crescimento" e "trazer novas propostas e ideias para a IL", é necessária uma Comissão Executiva "que cubra diversas valências, que traga diversos conhecimentos e experiências".
O candidato apresentará uma Comissão Executiva que terá entre 20 e 25 membros.
Carla Castro promete Comissão Executiva de apenas 15 membros e gestão mais participativa
A candidata à liderança da IL Carla Castro, por sua vez, mostrou-se "perfeitamente satisfeita" com o calendário eleitoral interno, prometendo uma Comissão Executiva com apenas 15 membros, o menor número possível, e "um modelo de gestão mais participativo".
À saída do Conselho Nacional da IL, que ao longo de cerca de 13 horas discutiu e votou o regimento da VII Convenção Nacional do partido, que se vai realizar em Lisboa nos dias 21 e 22 de janeiro do próximo ano, Carla Castro disse que este foi um "dia de enorme felicitação" por ser a primeira vez em que os liberais vão ter "pelo menos duas candidaturas".
Insistindo que foi um "dia de vitórias liberais" porque a concorrência, a pluralidade e a discussão fazem parte dos liberais, Carla Castro considerou que agora será possível "delinear a estratégia de campanha e finalmente dar a conhecer não só as reformas liberais, as ideias liberais, como fazer crescer o liberalismo em Portugal".
"O calendário deixa-me perfeitamente satisfeita. Tinha dito que estava tranquila com qualquer uma das datas. Tinha dito que não ia propor [qualquer data], como não ia votar no Conselho Nacional e foi o que aconteceu", assegurou, em declarações à saída do Conselho Nacional da IL, que decorreu em Coimbra.
A candidata considerou ainda que se deve "aproveitar a fase de debate interno para mostrar ao país o valor da IL, dos membros, das ideias" e o motivo pelo qual os liberais fazem "falta a Portugal".
Carla Castro comprometeu-se com uma Comissão Executiva com a dimensão mínima que permitem os estatutos, ou seja 15 membros -- atualmente este órgão tem o número máximo de 25 -, pretendendo também "adotar um modelo de gestão mais participativo, mais descentralizado, colaborativo".
"O objetivo é ter uma dimensão mais reduzida, mas trabalhar com outras estruturas do partido", explicou.
Na corrida para a sucessão de João Cotrim Figueiredo nas eleições antecipadas estão, para já, os deputados e dirigentes Carla Castro e Rui Rocha.