BE quer explicações sobre mercado de exibição de cinema

O Bloco de Esquerda (BE) pediu hoje explicações ao Governo sobre "a concentração do mercado de exibição de cinema", depois do anúncio da empresa Socorama de encerramento de 49 salas em todo o país.

Num requerimento endereçado à Autoridade da Concorrência, assinado pela deputada Catarina Martins, o BE quer saber que medidas estão a ser tomadas sobre a concentração de mercado na exibição de cinema, tendo em conta que a empresa Zon Lusomundo Cinemas reforçou a sua posição no setor.

A exibidora Socorama anunciou o encerramento, esta semana, de 49 das suas 106 salas de cinema, levando ao despedimento de 75 trabalhadores.

A empresa era considerada a segunda maior exibidora portuguesa, com uma quota de 16,5 por cento no mercado da exibição, tendo registado 12,6 milhões de euros de receita bruta de bilheteira em 2012.

Na página oficial na Internet, a exibidora em causa apresenta-se como empresa Socorama - Cinemas SA que "opera na área de exibição de cinema sob a insígnia Castello Lopes Cinemas".

Com o encerramento das 49 salas, a Socorama perde posição no mercado em relação ao líder de exibição, a Zon Lusomundo Cinemas, que detém uma quota de 56,7 por cento, e em relação ao terceiro operador, os cinemas UCI, com 12,5 por cento, segundo dados do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

O Bloco de Esquerda considera que o reforço de posição da Zon Lusomundo Cinemas "agrava" a concentração do mercado do cinema em Portugal e como tal pede explicações à Autoridade da Concorrência.

Os dados mais recentes do ICA sobre a exibição cinematográfica em Portugal dão conta que a Zon Lusomundo Cinemas exploravam em 2010 mais de 200 salas de cinema (cerca de 39.200 lugares), o dobro em relação à Socorama.

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