É a segunda vez que Cavaco Silva entra em choque com a direção do PSD desde Rui Rio ascendeu à liderança do partido (janeiro de 2018). A primeira foi logo em maio desse ano, com o ex-Presidente da República (2006-2016) e ex-líder do PSD (1985-1995) a apelar aos deputados sociais-democratas que votassem contra no Parlamento a descriminalização da eutanásia (Rio é a favor). Agora o que está em causa é a reforma das chefias da Forças Armadas, um processo legislativo comandado pelo Governo que está a ser alvo de forte contestação entre antigos chefes militares, aos quais, de resto, já se juntou o ex-PR Ramalho Eanes (invocando a sua qualidade de ex-chefe militar).