Política
12 agosto 2022 às 17h09

Governo escolheu 21 "sábios" para criar a nova Estratégia de Defesa Nacional

Leonor Beleza, Vítor Bento, Miguel Monjardino, Seixas da Costa, Tiago Pita e Cunha, são algumas das personalidades que integram a comissão.

Está escolhida a comissão que vai fazer a revisão do Conceito Estratégico de Defesa Nacional (CEDN), que vigora já desde 2013. Integra militares, académicos, economistas, embaixadores, juristas e alguns também e antigos responsáveis políticos.

De acordo com o despacho publicado nesta sexta-feira em Diário da República, o "Conselho de Revisão do Conceito Estratégico de Defesa Nacional", presidido pelo ex-ministro da Defesa Nuno Severiano Teixeira, contempla nomes como Leonor Beleza e o economista Vítor Bento, no total de 21 personalidades que de destaque na vida pública portuguesa.

Os outros nomes, pela ordem alfabética do diploma, são Ana Santos Pinto, ex-secretária de Estado da Defesa e professora de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa;Bernardo Pires de Lima , conselheiro político do Presidente da República e investigador associado no Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) da Universidade Nova de Lisboa; Bruno Cardoso Reis, historiador perito e, segurança internacional e investigador do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE; Carlos Gaspar, investigador do IPRI, assessor do Instituto de Defesa Nacional e antigo Conselheiro dos Presidentes Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio; o embaixador Francisco Seixas da Costa, ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus e antigo representante permanente junto das Nações Unidas em Nova Iorque ; a embaixadora Graça Mira Gomes, atual secretária-geral do Sistema de Segurança Interna; Guilherme d"Oliveira Martins, antigo ministro das Finanças, Presidência e Educação; Isabel Ferreira Nunes, diretora do Instituto de Defesa Nacional (IDN); Isabel Furtado, empresária e dirigente da COTEC Portugal; Major-General João Vieira Borges; José Matos Correia, ex-vice-presidente do PSD, doutorado em Direito; o Brigadeiro General Duarte Costa, presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil; o economista Manuel Caldeira Cabral; o perito em geopolítica Miguel Monjardino; o embaixador Paulo Vizeu Pinheiro, secretário-geral do Sistema de Segurança Interna; Tiago Pitta e Cunha, Prémio Pessoa e dirigente da Fundação Oceano Azul; e o Major-General Vítor Viana, ex diretor do IDN.

"Torna-se assim imperativo iniciar o processo da revisão do CEDN, atendendo à necessidade, identificada no Programa de Governo, de adaptação da defesa nacional às transformações no ambiente geoestratégico", sublinha o governo. Para este efeito, "é fundamental o contributo de um conjunto de personalidades de reconhecido mérito, provenientes de variadas áreas do conhecimento, com diferentes formações académicas e percursos profissionais, para refletir sobre as questões subjacentes ao CEDN".

O objetivo "será o de contribuir para a adaptação da defesa nacional e das Forças Armadas às necessidades da próxima década, exigindo-se, portanto, visão prospetiva e inovação, que incorpore as novas realidades na segurança global e regional, em particular aquelas que afetam a segurança do continente europeu, do Atlântico e de outros espaços vitais para a nossa segurança coletiva. Num campo como o da defesa, tão influenciado por rápidas e significativas mudanças tecnológicas e geopolíticas, é fundamental apontar prioridades adequadas aos desafios do nosso tempo".

De acordo com o despacho, o Conselho "apresenta à Ministra da Defesa Nacional a proposta de Grandes Opções até ao dia 31 de janeiro de 2023, cessando nessa mesma data a atividade".