"A coligação não tem razão" nos debates, diz Marques Mendes
O comentador político da SIC e ex-líder do PSD criticou sábado à noite a coligação "Portugal à frente" por insistir em ter Paulo Portas nos debates eleitorais.
"A coligação não tem razão" porque "estão em causa "candidaturas e não os partidos", afirmou Mendes, ao comentar a semana política.
Segundo afirmou, já estará definitivamente em causa um debate a quatro mas "não se perde muito" porque com mais do que dois tudo tem tendência a tornar-se numa "cacafonia". Lamentável, no seu entender, é que tudo se encaminha para que só haja nas televisões um frente-a-frente entre Passos Coelho e António Costa. Mendes disse que teria preferido pelo menos mais um debate entre os dois nas televisões.
As presidenciais passaram também pelo comentário político de Marques Mendes. Segundo disse, Maria de Belém "mostrou capacidade de decisão", o que "é muito importante para quem quer ser Presidente da República" mas ao avançar apenas agora "prejudicou António Costa e prejudicou o PS". "Maria de Belém podia ter anunciado a sua candidatura em Maio, Junho ou até Julho. Fazê-lo agora em Agosto só tem um resultado - ofuscar António Costa", disse. Aliás, tê-lo feito enquanto Costa dava uma entrevista em direto na SIC-Notícias "parece quase uma facada nas costas do líder do PS".
No entender do comentador da SIC, o aparecimento de uma segunda candidatura forte na "área do PS" (a da Maria de Belém, depois da de Sampaio da Nóvoa) significa que "saiu a sorte grande ao PCP". "O PCP reforçou a sua importância e aumentou o seu poder politico nas presidenciais. Da decisão final que o PCP vier a tomar vai depender quem, à esquerda, passa à segunda volta. Se o seu candidato desistir, Sampaio da Nóvoa passará à 2ª volta; se o candidato do PCP não desistir, Sampaio da Nóvoa pode não passar à 2ª volta."