Sindicato acusa CUF de incumprimento do estado de emergência e empresa rejeita
O Grupo CUF reage à denúncia do sindicato ao afirmar que "perante a impossibilidade técnica de garantir um atendimento eficaz aos doentes com toda a equipa de contact center em teletrabalho", a empresa "instituiu um regime misto rotativo de teletrabalho e trabalho presencial", medida adotada "em estrito cumprimento com as regras legais" e a segurança dos colaboradores.
O Sindicato dos Trabalhadores de Call Center (STCC) acusou esta segunda-feira o Grupo CUF de incumprimento do estado de emergência ao manter cerca de 80 trabalhadores a trabalhar presencialmente, mas a empresa rejeita a acusação.
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"A CUF tem procurado desde o início da pandemia criar todas condições para proteger os seus colaboradores, tendo, nesse sentido, adotado o regime de teletrabalho sempre que possível", refere o grupo em resposta à agência Lusa, na sequência da denúncia do STCC.
Segundo o grupo de saúde, "perante a impossibilidade técnica de garantir um atendimento eficaz aos doentes com toda a equipa de 'contact center' em teletrabalho, a CUF, em estrito cumprimento com as regras legais em vigor e garantindo a proteção e segurança dos colaboradores, instituiu um regime misto rotativo de teletrabalho e trabalho presencial, tendo este sido devidamente comunicado e fundamentado aos colaboradores".
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Neste momento, segundo a empresa, está em teletrabalho 50% da equipa do Contact Center.
Sindicato denuncia situação à Autoridade para as Condições do Trabalho
Em declarações à Lusa, o presidente do STCC, Danilo Moreira, não compreende a decisão da empresa de manter em regime presencial cerca de 80 trabalhadores no seu call center em Moscavide, tendo em conta a obrigatoriedade de transição para teletrabalho em funções compatíveis, decorrente do atual estado de emergência.
Durante o fim de semana, o STCC denunciou também a situação à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
Segundo o sindicato, os trabalhadores em causa executam naquele espaço funções compatíveis com o teletrabalho, pelo que esta situação coloca "todas estas pessoas em risco desnecessário".
Danilo Moreira lamenta ainda que os restantes trabalhadores em teletrabalho (entre 100 a 120) estejam a trabalhar com equipamentos pessoais e que a empresa os mantenha nesta situação "com ordenados precários".