Portugal com mais 4410 novos casos e 46 mortes por covid-19
Nas últimas 24 horas foram registadas mais 2507 pessoas recuperadas e menos cinco doentes nos cuidados intensivos.
Portugal registou esta quinta-feira mais 4410 novos infetados por covid-19 e 46 mortos, de acordo com os dados apresentados pelo boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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Estes dados representam uma diminuição em relação ao número de mortes fornecidas ontem pela DGS, que reportaram mais 13 óbitos que no dia de hoje. Quanto ao número de novos casos, o boletim desta quinta-feira regista uma significativa melhoria em relação ao dia anterior, onde foram incluídos casos que não haviam sido reportados desde 30 de outubro e, por essa razão, atingiram os 7497.
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Ainda assim, os 4410 novos casos anunciados pela DGS aproximam-se do recorde de infeções diárias comunicado na passada sexta-feira (4656).
Destaque ainda para um aumento do número de recuperados, que foi de 2507 nas últimas 24 horas, ou seja receberam alta mais 150 pessoas do que no dia anterior. Há ainda a registar 1876 casos de contactos com pessoas infetadas que estão sob vigilância das autoridades de saúde.
O boletim indica ainda que mais 25 pessoas foram internadas nos serviços de saúde, totalizando agora 2362, mas é de realçar uma diminuição de doentes nos cuidados intensivos, que são agora 320, menos cinco que no dia anterior.
Mais mortos na região de Lisboa e Vale do Tejo
A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou mais óbitos nas últimas 24 horas, com um total de 20, mais três do que o número de mortes reportados no norte do país. No centro foram declaradas mais oito mortes por covid-19 e uma no Alentejo.
Quanto aos novos infetados, a região norte continua a ser aquela onde o panorama é mais preocupante, pois chegaram aos 2580 casos em apenas um dia, mais do dobre de Lisboa e Vale do Tejo, que reportou 1124.
Na zona centro do país houve mais 509 novos casos, aos quais se acrescentam ainda 97 infeções no Algarve e 87 no Alentejo. Mais calma está a situação nas ilhas, pois a Madeira teve sete novos casos, mais um que nos Açores.
Vacina de Oxford deve ser aprovada ainda este mês
Nas últimas horas surgiu a informação de que a aprovação de algumas das vacinas que estão em desenvolvimento contra a covid-19 deverá ocorrer em breve, ainda este mês ou no próximo, caso não surjam imprevistos. O anúncio foi feito pelo diretor geral do grupo farmacêutico Insud, que irá produzir a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca.
A vacina contra a covid-19 deverá chegar à América Latina em março ou abril de 2021, depois de ser distribuída pelos Estados Unidos e Europa, segundo o grupo farmacêutico que vai produzir a vacina de Oxford.
Até ao momento, ainda não foi aprovada para comercialização nenhuma das 175 vacinas que estão a ser desenvolvidas no mundo. No entanto, a aprovação de algumas delas deverá ocorrer em breve, ainda este mês ou no próximo, caso não surjam imprevistos, lembrou Hugo Sigman, fundador e diretor geral do grupo farmacêutico Insud, que irá produzir a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e da AstraZeneca.
Segundo o farmacêutico, ainda não é possível saber quanto tempo irão durar os anticorpos de uma pessoa vacinada, mas prevê-se que seja pelo menos um ano, à semelhança do que acontece com a vacina da gripe.
A vacina da Universidade de Oxford, juntamente com a candidata da Pfizer e da BioNTechque, são atualmente apontadas como as que têm mais hipóteses de serem as primeiras a ser submetidas à aprovação regulatória. "Todos os países ibero-americanos estão a fazer planos de compras muito importantes", afirmou o farmacêutico.
Em Portugal, o Governo autorizou a compra de 6,9 milhões de vacinas contra a covid-19, que vão custar 20 milhões de euros, através de um processo que está a ser coordenado entre países da União Europeia (UE).
Sobre as críticas de quem teme que os danos de tomar uma vacina sejam superiores aos benefícios, o farmacêutico garantiu que os mecanismos de segurança são "muito bons" e que "o custo-benefício de se vacinar é superior ao de não se vacinar". O objetivo é que pelo menos 70% da população seja vacinada para criar imunidade de grupo.
O farmacêutico lembrou que a covid-19 veio fortalecer o processo de elaboração de um tipo de vacinas que já tinha sido iniciado com a prevenção de outros coronavírus. Os laboratórios já estavam a trabalhar para combater a SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome, que em português se traduz para Síndrome Respiratória Aguda Grave), que foi identificada pela primeira vez em 2003, assim como a MERS (Síndrome Respiratória do Médio Oriente), que surgiu em 2012.
Hugo Sigman manifestou-se ainda confiante quanto à forma como a pandemia deverá evoluir no próximo ano, uma vez que já serão conhecidas as medidas para o tratamento e prevenção da doença e porque haverá uma maior notificação dos casos assintomáticos, o que poderá diminuir a propagação do vírus.