20 julho 2018 às 19h12

Campanha para fazer amigos das pessoas com demência

Se estiver numa praia a partir de 30 de julho, alguém lhe poderá falar sobre a demência de "uma forma positiva e inclusiva". É a campanha de sensibilização da Associação de Alzheimer Portugal, no Dia de Internacional da Amizade, para dizer que quem vive com estas doenças precisa de amigos.

Céu Neves

São 20 os locais escolhidos para o lançamento da campanha que pretende sensibilizar os veraneantes e convidá-los a alterar comportamentos. A comprometerem-se ativamente em melhorar o dia a dia das pessoas com demência, bem como dos seus cuidadores. E, alertar, a população para os primeiros sinais da doença.

A primeira mudança é, desde logo, a nível da linguagem. Dizer a pessoa com demência e não o demente. "Pretendemos ajudar os portugueses a perceber o que é a demência, quais são os sinais de alerta, como se deve lidar com a situação, no fundo, perceber que pode acontecer a todos nós e que podem ajudar estas pessoas a terem uma vida o mais normal possível", explica José Carreira, o presidente da Associação de Alzheimer Portugal .

A partir das 10:00 do dia 30 de julho, em todos os distritos de Portugal Continental e Arquipélago da Madeira, principalmente nas praias, os voluntários da associação irão apresentar a iniciativa e convidar as pessoas a aderir, no fundo, a "ser amigo".

Até porque os promotores da campanha acreditam que uma atitude positiva melhora a qualidade de vida dessas pessoas. "Não há cura, mas é possível diminuir as consequências da doença e contribuir para que possam ter uma vida melhor", diz José Carreira.

E, quanto mais se souber sobre as doenças que causam demência, em particular o Alzheimer, melhor se pode preparar o quotidiano de quem está doente. Aquele dirigente sublinha que um dos fatores essenciais é manter as atividades diárias. "É importante trabalhar a competências que se vão perdendo e que não se devem perder: continuar a vestir-se, a comer, a gerir o orçamento, etc., todas essas coisas do dia a dia".