Fogo em Vila de Rei "impossível de parar", diz autarca (com vídeo)
Frente do fogo do concelho de Vila de Rei entrou "com bastante violência" no concelho de Mação. Situação está "impossível de parar" em Vila de Rei, diz o vice-presidente da câmara local. Há quatro bombeiros feridos
Uma frente de fogo com oito quilómetros do incêndio de Vila de Rei entrou no concelho de Mação, no distrito de Santarém, na zona de Azinhal, Cardigos e Vinha Velha, afirmou à Lusa o responsável da proteção civil de Mação, António Louro.
Já em Vila de Rei a situação está "impossível de parar", segundo o vice-presidente da câmara local.
As chamas avançam "com muita violência", registando-se "muito vento" no local, acrescentou.
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A intensidade das chamas é bem patente neste vídeo partilhado nas redes sociais:
De acordo com com António Louro, as próximas horas vão ser "muito difíceis", adiantando que as operações estão centradas na proteção às populações.
Atrás desta frente de fogo há mais dois incêndios ativos no distrito de Castelo Branco que se dirigem também para Mação, segundo a mesma fonte.
Dois incêndios que atingem desde as 15:00 de hoje os concelhos de Vila de Rei e da Sertã, no distrito de Castelo Branco, estão a mobilizar 13 meios aéreos e mais de 500 operacionais.
Quatro bombeiros ficaram feridos, um deles em estado grave, no combate aos incêndios que estão hoje a lavrar no distrito de Castelo Branco, avançou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
A ANEPC não revelou, num 'briefing' com jornalistas, em que incêndio os bombeiros ficaram feridos e de que corporação são.
Fogo em Vila de Rei não abranda
Por seu lado, Paulo César explicou que o incêndio em Vila de Rei começou a poucos quilómetros de um outro (que se iniciou sensivelmente à mesma hora no concelho vizinho da Sertã) e começou por se dividir em duas frentes: uma em direção àquele município, levando ao corte da Estrada Nacional 2 e outra "que se desmultiplicou em várias frentes" em direção à freguesia da sede do concelho.
Segundo o autarca, as três freguesias que compõem o município de Vila de Rei, onde está o Centro Geodésico de Portugal Continental, já foram atingidas pelas chamas.
"O incêndio já percorreu toda a freguesia da Fundada e chegou à de Vila de Rei, que é grande, mas também a São João do Peso", explicou.
Apesar de as chamas terem "passado" por várias aldeias, colocando-as "em perigo", Paulo César afirmou não ter notícia de feridos ou danos materiais.
"O fogo já percorreu várias aldeias, houve projeções para o interior das aldeias, mas os bombeiros têm conseguido proteger as habitações. A nossa preocupação é salvaguardar os núcleos urbanos", assinalou.
Ainda segundo o vice-presidente, o vento "que está muito forte" tem sido "o maior adversário" dos operacionais no terreno, estando as chamas a evoluir em povoamento florestal de pinheiro e eucalipto.
Às 20:30, os dois incêndios de Vila de Rei e Sertã estavam a ser combatidos por 625 operacionais, apoiados por 186 viaturas e 13 meios aéreos.
Em Vila de Rei, combatem as chamas quatro aviões médios, 114 viaturas e 364 operacionais, enquanto na Sertã, no incêndio que começou na freguesia de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais ocupa 251 bombeiros, 72 viaturas e nove meios aéreos, entre os quais seis aviões e um helicóptero pesado.