Foi com os graffiti que entrou no mundo do hip hop no Porto, aos 15 anos. Mas o que escrevia nas paredes já fazia adivinhar que a sua mensagem passaria mais pelas palavras do que pelos desenhos. «Escrevia mensagens feministas», recorda. Música, rapper, MC, letrista, ativista, pensadora, cronista, horticultora nas horas vagas - Capicua é tudo isto e é o alter ego de Ana Matos Fernandes, uma mulher que diz sempre o que pensa. E se surpreende com a surpresa dos outros quando assume posições publicamente. "Não percebo como há pessoas que acham que os músicos não têm direito a ter uma opinião política", afirma quem sempre foi "mais Mafalda do que Susaninha".