UNESCO felicita "libertação" da cidade de Palmira
Diretora-geral da UNESCO afirmou que a organização está preparada para ir rapidamente ao local para realizar uma missão de avaliação
A diretora-geral da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Irina Bokova, felicitou hoje a "libertação" da cidade de Palmira, controlada há mais de um ano pelo grupo extremista Estado Islâmico.
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"A UNESCO está preparada para ir rapidamente para o local para, juntamente com as autoridades sírias, assim que as condições de segurança o permitiram, realizar uma missão de avaliação dos danos e proteção do património inestimável da cidade", sublinhou.
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Segundo Irina Bokova, o saque a Palmira é o "símbolo da limpeza cultural que arrasa o Médio Oriente". A diretora-geral da UNESCO recordou que a destruição deliberada de património é um "crime de guerra" e sublinhou que a organização vai documentar os danos para que "não haja impunidades".
As tropas sírias entraram hoje na cidade, controlada há mais de um ano pelo grupo extremista Estado Islâmico. Trata-se do culminar de uma ofensiva que o exército lançou no início do mês, com o apoio de intensos raides aéreos russos.
A queda de Palmira provocou ondas de choque em todo o mundo, quando o Estado Islâmico lançou uma campanha sistemática de destruição dos monumentos classificados pela UNESCO como património mundial, fazendo explodir templos e pilhando relíquias que datam de há dois mil anos.
A sua recaptura será vista como uma vitória estratégica, mas também simbólica, do presidente sírio, Bashar al-Assad, já que quem controla a cidade também controla o vasto deserto que se estende do centro da Síria até à fronteira com o Iraque, afirmam analistas.