Um morto em operação anti-terrorismo. Operação "ativa dia e noite"

Um homem foi abatido pela polícia, e quatro agentes ficaram feridos. Procuradoria federal garante: corpo não pertence a Salah Abdeslam

Atualização às 21:30 com informação oficial da procuradoria Belga

Uma operação policial num bairro de Bruxelas esta terça-feira resultou num cerco a um apartamento e em vários tiroteios. Um homem foi morto na operação, confirmou a procuradoria federal belga, e quatro agentes da polícia ficaram feridos, ainda que de forma ligeira. As buscas no bairro de Forest, que estão relacionadas com os atentados de Paris do dia 13 de novembro, descambaram em tiroteio ao início da tarde, com a operação a terminar perto das 19.30 em Bruxelas (18.30 em Lisboa).

Cerca de duas horas mais tarde, a procuradoria belga divulgou uma nota anunciando que esta investigação "continua ativa, de dia e de noite". No entanto, escusou-se a dar mais pormenores para não prejudicar a operação.

De acordo com o jornal belga Le Soir, a polícia esperava que o apartamento visado estivesse vazio. Os primeiros tiros contra os polícias terão sido disparados através da porta de um dos quartos, onde se barricou um número ainda desconhecido de suspeitos. Durante a tarde, a imprensa belga veiculava que um ou mais suspeitos estariam em fuga após o primeiro tiroteio. Também ainda não é conhecida a identidade do homem que foi morto na troca de tiros com a polícia. Uma conferência de imprensa está marcada para as 10:30 desta quarta-feira para esclarecer os pormenores da operação.

O ministro do Interior francês Bernard Cazeneuve confirmou, numa conferência de imprensa na Costa do Marfim, onde se encontra, que agentes da polícia francesa participam nas operações em Bruxelas, mas não avançou outros detalhes porque a conferência ainda estava a decorrer.

O bairro de Forest, afetado pela operação é visível na publicação de uma jornalista da BBC, abaixo, marcado a vermelho.

À AFP, a procuradoria federal belga confirmou que as buscas estão relacionadas com os atentados de 13 de novembro em Paris, nos quais morreram 130 pessoas. A investigação dos atentados revelou que estes foram planeados nos subúrbios de Bruxelas, e 11 pessoas foram acusadas no âmbito dessa investigação, com oito ainda em prisão preventiva.

Um dos principais suspeitos ligados ao atentado de Paris, o francês Salah Abdeslam que vivia em Bruxelas, no bairro de Molenbeek, continua a monte. O porta-voz da procuraria federal belga, Eric Van Der Sypt, já afirmou que, embora ainda não se conheça a identidade do homem morto na operação desta terça-feira, "em todo o caso, não se trata de Salah Abdeslam".

Está interdita a entrada em parte do subúrbio de Forest e os transportes públicos terão suspendido a circulação nessa área sob ordem da polícia, anunciou a empresa de transportes no Twitter. Uma creche e uma escola da zona foram evacuadas, com o munícipe a assegurar que todas as crianças se encontram em segurança.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG