Suspensas buscas pelo MH370, desaparecido há três anos
As operações de busca no sul do oceano Índico para encontrar o avião da Malaysia Airlines, com o código de voo MH370, desaparecido há quase três anos, foram suspensas, anunciaram hoje os governos australiano, malaio e chinês.
Os familiares dos passageiros desaparecidos foram informados esta terça-feira que as buscas das autoridades australianas pelo avião foram concluídas sem sucesso.
"Apesar de todos os esforços, usando a melhor ciência à nossa disposição, tecnologia de ponta assim como conselhos dos mais qualificados profissionais na sua área, infelizmente a busca não conseguiu localizar a aeronave", dizia o email assinado pelos ministros dos transportes da Malásia, China e Austrália, os três países envolvidos nas investigações, que chegou aos familiares dos passageiros do MH370, citado pelo jornal britânico The Guardian.
O Boeing 777 desapareceu a 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo, 40 minutos depois de descolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim.
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O aparelho "não foi localizado" depois de mapeado o perímetro de 120 mil quilómetros quadrados no sul do Índico definido, pelo que "as buscas submarinas do MH370 foram suspensas".
O desaparecimento do avião da Malaysia Airlines é um dos maiores mistérios da história da aviação civil.
Um estudo de agosto de 2016 dava conta que o aparelho terá mergulhado na água a 20 mil pés por minuto.
Em junho do ano passado, Blaine Gibson, um advogado norte-americano que decidiu dedicar-se à busca de destroços do avião, afirmou ter encontrado três pedaços na zona de Madagáscar e outro junto a Moçambique. Investigadores australianos acreditam que este último pertence mesmo ao Boeing 777 da Malaysia Airlines.
Outros destroços foram encontrados na África do Sul e nas ilhas Maurícias, a 220 quilómetros de Moçambique, também foram confirmados pelo governo australiano como fazendo parte do avião.
O primeiro vestígio do avião foi encontrado em julho de 2015, um ano após o acidente, junto à ilha francesa da Reunião, a leste de Madagáscar.
Peritos envolvidos na investigação do caso defendem que os sistemas de comunicação foram desligados e que o avião foi desviado da rota. Despenhou-se no Índico quando o combustível acabou.