Quatro presumíveis combatentes do Estado Islâmico presos na Dinamarca
Num dos apartamentos foram descobertos armas e munições
A polícia dinamarquesa anunciou hoje a detenção na região de Copenhaga de quatro pessoas suspeitas de se terem juntado aos 'jihadistas' do grupo extremista Estado Islâmico (EI) na Síria, numa operação onde foram apreendidas armas e munições.
Os quatro suspeitos, cuja identidade não foi revelada, foram identificados e localizados no âmbito de investigações conjuntas da polícia de Copenhaga e dos serviços internos de segurança e informações (PET).
"Numa das moradas que hoje foram revistadas, descobrimos armas e munições", precisou o inspetor Poul Kjeldsen em conferência de imprensa. Um suspeito que residia nesta morada estava conotado com um grupo criminal da capital que está identificado, precisou a polícia na rede social Twitter.
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"As prisões foram possíveis devido aos nossos esforços para neutralizar os indivíduos que são recrutados pelos grupos terroristas nas zonas de conflito na Síria e no norte do Iraque", segundo a polícia.
Os suspeitos, que devem comparecer em tribunal na sexta-feira, arriscam até seis anos de prisão.
A rádio pública dinamarquesa DR afirmou que um dos apartamentos alvo de buscas está relacionado com um homem que surge nos documentos do EI revelados em março pela imprensa britânica e alemã, e que incluem nomes, moradas e números de telefone de candidatos a integrar os efetivos combatentes do EI e de outros grupos radicais.
A cadeia televisiva Sky News afirmou ter entregado às autoridades britânicas esses dossiês, que contêm 22.000 nomes.
O ministro da Justiça dinamarquês, Soren Pind, manifestou "satisfação" pela ação policial de hoje e comprometeu-se a intensificar o combate ao 'jihadismo' e o recrutamento de combatentes no território do país.
As autoridades calculam que 125 pessoas partiram da Dinamarca em direção à Síria e Iraque para combater ao lado do EI e de outros grupos radicais, e indicam que 62 deles já regressaram.