Turquia ordena detenção de 171 funcionários universitários
São acusados de ligações ao falhado golpe de Estado de 15 de julho de 2016
A polícia turca iniciou esta quarta-feira uma operação para deter 171 empregados de uma universidade por alegadas ligações golpistas, informou a agência semipública Anadolu.
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Pelo menos 54 suspeitos foram detidos esta quarta-feira de manhã numa ação policial que se estende a 29 províncias do país.
A procuradoria acusa estas pessoas de ligações à irmandade do clérigo islamista Fethullah Gülen, que Ancara culpa pelo falhado golpe de Estado de 15 de julho de 2016.
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Os suspeitos trabalhavam para a universidade Fatih em Istambul antes desta ter sido encerrada por decreto, devido ao seu alegado vínculo com a organização de Gülen.
Por outro lado, as forças de segurança lançaram outra operação na província de Istambul para deter 58 suspeitos de terem ligações aos golpistas.
A procuradoria de Istambul acusa-os de serem utilizadores do ByLock, uma aplicação de telemóvel desenvolvida para permitir uma comunicação encriptada entre os seguidores do clérigo, muitos dos quais ocupavam até 2013 postos chave na administração e sistema judicial com o apoio do Governo.
Entretanto a rede de Gülen passou a ser considerada uma "organização terrorista" e desde o golpe falhado, cerca de 140.000 funcionários foram despedidos e outras 100.000 pessoas foram detidas por alegadamente pertencerem ao grupo.
A Turquia solicitou a Washington, mas sem sucesso até à data, a extradição do clérigo, que vive exilado nos Estados Unidos.