O último alvo de Donald Trump: bebés chorões
O candidato republicano à Casa Branca expulsou de um comício um bebé cujo choro o estava a incomodar
Donald Trump tem um novo alvo. Ao "diabo" da Hillary Clinton, aos muçulmanos, aos mexicanos juntam-se agora os bebés chorões. O candidato republicano mostrou ontem mais esta faceta num comício em Virginia, quando mandou expulsar da sala um bebé que chorava e que o estava incomodar.
Trump começou por interromper com um comentário que parecia simpático e bem humorado. "Não se preocupem com o bebé. Eu adoro bebés", disse. "Eu adoro bebés. Eu ouço esse bebé a chorar, eu gosto. Que bebé, que bebé bonito. Não se preocupem, não se preocupem. A mãe às voltas, não se preocupem. É novo e bonito e saudável e é isso que nós queremos", continuou.
Só que o bebé continuava a chorar e Donald Trump mostrou que, afinal, nem gosta assim tanto de bebés. "Na verdade, eu estava a brincar. Pode tirar o bebé daqui", disse. "Está tudo bem, não se preocupem. Eu acho que ela acreditou em mim quando disse que gosto de ter um bebé a chorar enquanto estou a falar. Está tudo bem. As pessoas não percebem, está tudo bem", afirmou.
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A expulsão do bebé gerou grande onda de críticas nas redes sociais. Mas nada a que Trump não esteja já habituado. Ontem , o Presidente francês, François Hollande, considerou repugnantes "os excessos" do candidato.
Num encontro com jornalistas em Paris, Hollande disse que os "excessos fazem querer vomitar, mesmo nos Estados Unidos, sobretudo quando fala mal de um soldado, da memória de um soldado".
O Presidente francês aludia a críticas do candidato Donald Trump feita sobre os pais de um capitão do Exército dos Estados Unidos, que morreu numa explosão no Iraque em 2004, Huamyun Khan, e que participaram na convenção democrata.
A propósito do mesmo caso, o Presidente norte-americano, Barack Obama, voltou ontem a dizer que Donald Trump está "terrivelmente mal preparado" para assumir a liderança dos Estados Unidos. "Acho que o candidato republicano não é qualificado para servir como Presidente", declarou Obama. "Disse isto na semana passada. Ele continua a provar isso", insistiu.