NATO "preparada contra qualquer ameaça"
"As declarações russas que ameaçam atacar os nossos aliados são inaceitáveis"
A NATO classificou esta sexta-feira de "inaceitável e contraproducente" o discurso do Presidente russo, Vladimir Putin, na apresentação de armamento militar, em especial do míssil Sarmat, que disse ter um "alcance ilimitado" e tornar "inútil o escudo antimíssil norte-americano".
"As declarações russas que ameaçam atacar os nossos aliados são inaceitáveis e contraproducentes, como já deixámos claro. O sistema de defesa antimíssil da aliança não foi projetado nem dirigido para ser contra a Rússia", escreveu a porta-voz da organização, Oana Lungescu, num comunicado.
É uma aliança que "está preparada para defender todos os seus membros contra qualquer ameaça", ressalvando a NATO que não quer uma nova Guerra Fria ou uma nova corrida ao armamento.
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"Todos os aliados apoiam acordos de controlo de armas que geram confiança, em benefício de todos, e continuamos a trabalhar em prol de uma maior previsibilidade e transparência militar" afirmou Oana Lungescu.
O Presidente da Rússia apresentou na quinta-feira armamento militar, como o míssil balístico Sarmat, que disse que tem um "alcance praticamente ilimitado" e torna "inútil o escudo antimíssil dos Estados Unidos".
"Ninguém no mundo tem algo igual, por agora. É algo fantástico!", afirmou Putin, na quinta-feira, durante o discurso sobre o estado da nação
"Antes de termos os novos sistemas de armamento, ninguém nos escutava. Escutam-nos agora!", declarou.
Após uma conversa telefónica, na noite quinta-feira, entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente norte-americano, Donald Trump, chancelaria alemã escreveu um comunicado manifestando preocupação com o anúncio de Vladimir Putin.
"A chanceler e o Presidente estão preocupados com as recentes declarações do Presidente russo, Vladimir Putin, sobre o desenvolvimento de armamento e com as consequências sobre os esforços para o controlo internacional dos sistemas de armamento", lê-se no comunicado.