Mudança da hora tem os dias contados?

Parlamento Europeu questionou necessidade de adiantar e atrasar relógios e convidou a Comissão Europeia a estudar os efeitos da mudança

Os deputados do Parlamento Europeu pediram uma "avaliação pormenorizada" sobre a necessidade da mudança da hora, ou seja, de todos os anos adiantarmos e atrasarmos os relógios para o horário de inverno e horário de verão.

Desde 1996 que a mudança de hora é coordenada pela União Europeia, com todos os estados-membros a adiantarem os relógios no último domingo de março e a recuarem para o horário de inverno no último domingo de outubro.

A moção foi aprovada na quinta-feira depois de a ideia ter sido lançada pela Finlândia, que tem a capital mais norte da União Europeia, e pediu à UE para acabar com esta tradição.

Os críticos do sistema dizem que pode causar problemas de saúde a longo prazo, especialmente nas crianças pequenas e nos idosos, e apontaram para estudos que indicam que a mudança da hora tem impacto no sono e até na produtividade no trabalho.

Por outro lado, os adeptos da mudança da hora dizem que amanhecer mais cedo no inverno e ter luz solar até mais tarde no verão pode ajudar a reduzir os acidentes de trânsito e a poupar energia.

Em Estrasburgo, o Parlamento Europeu aprovou a moção por 384 votos contra 153, convidando a Comissão Europeia a estudar os efeitos da mudança e, se necessário, elaborar um plano de revisão. A Comissão, pelo seu lado, não se mostrou entusiasmada com a ideia, com a comissária eslovena Violeta Bulc a lembrar que se uns mudarem e outros não será problemático para o mercado único.

No resto do mundo, países como os Estados Unidos também mantém a tradição da mudança da hora, um hábito que começou no início do século passado, associado ao racionamento de energia na I Guerra Mundial.

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