Mundo
12 julho 2019 às 21h15

Lagosta e champanhe. Ministro francês envolvido em polémica não se demite

"Não tenho absolutamente nenhuma razão para me demitir", afirmou François de Rugy, que alegou que os "jantares informais" faziam parte de um "trabalho de representação" devido às suas funções (era, na altura dos factos, presidente da Assembleia Nacional), negando qualquer "noite de luxo".

DN/Lusa

O ministro da Transição Ecológica francês, François de Rugy, que está envolvido numa polémica relacionada com jantares de luxo, garantiu esta sexta-feira que não se vai demitir, referindo que continua a trabalhar no ministério.

"Não tenho absolutamente nenhuma razão para me demitir", afirmou François de Rugy, garantindo que estava "muito zangado" com toda a situação.

Com fotografias, depoimentos e documentos de apoio, o portal francês de investigação Mediapart revelou que conseguiu identificar, entre outubro de 2017 e junho de 2018, cerca de uma dezena de jantares que juntaram várias pessoas na residência de François de Rugy, então presidente da Assembleia Nacional.

Lagosta, champanhe e vinhos das adegas da Assembleia foram servidos em mesas de dez a 30 convidados, a maioria pertencente ao círculo social de Séverine de Rugy, mulher do ministro e jornalista de uma revista de celebridades.

Durante uma viagem efetuada pelo ministro na quinta-feira a Deux-Sèvres (centro-oeste), os manifestantes receberam-no com uma gigante lagosta insuflável, gritando: "François, lagosta para todos!".

O ministro já reuniu com o presidente Emmanuel Macron e defendeu-se, explicando que os "jantares informais" faziam parte de um "trabalho de representação" devido às suas funções, negando qualquer "noite de luxo".

Além disso, o ministro comprometeu-se a "pagar cada euro contestado".