O FBI tem, desde o verão, provas de que os operacionais russos nos EUA tentaram usar os conselheiros de Donald Trump, incluindo Carter Page, para se infiltrarem na campanha presidencial, noticia a CNN.
As suspeitas sobre Carter Page não são novas. Já em 2013 o FBI tinha descoberto que um espião russo estava a tentar recrutar o empresário norte-americano e, por isso, tinha ficado mais atento à sua atividade. Quando ele se associou à campanha de Trump, como conselheiro de política externa, essa atenção foi redobrada.
No entanto, o FBI não sabe se Page tinha noção de que estava a ser usado. Ele sempre disse que não sabia que o homem, Victor Podobnyy, era um agente secreto russo em Nova Iorque.
[artigo:5736700]
Em março do ano passado, Cage foi apontado por Trump como um dos seus conselheiros. Na altura poucos sabiam quem era aquele veterano da Marinha nem como é que ele aparecia ligado à campanha do atual presidente norte-americano.
Em julho de 2016, Page, atualmente com 45 anos, esteve numa universidade em Moscovo onde fez um discurso muito crítico da política internacional americana no que toca à Rússia, o que voltou a chamar a atenção do FBI.
Page acumulava a carreira de investidor com a de conselheiro de campanha de Trump. Em setembro, o empresário abandonou a equipa republicana e foi só então que o FBI conseguiu que o tribunal FISA (Foreign Inteligence Surveillance Act) emitisse um mandado para monitorizar as suas comunicações, sob suspeitas de espionagem a favor da Rússia.
Neste momento, as conversas de Carter Page com o operacional russo estão a ser examinadas como parte de uma grande operação de investigação do FBI em colaboração com outras agências norte-americanas para perceber ao certo qual terá sido a interferência dos serviços russos na campanha eleitoral presidencial.
[artigo:5604901]