Mais de um milhão de migrantes ilegais podem ser expulsos da Europa

Número é apenas uma estimativa, mas cresce ao serem consideradas as pessoas que não pedem asilo
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Com a Comissão Europeia a querer acelerar o regresso de migrantes ilegais e sem direito de asilo ao seu país de origem, surgem agora números. Bruxelas calcula que aproximadamente um milhão de pessoas deviam voltar ao seu local de partida.

O número, de acordo com o El País, surge na sequência de um plano apresentado pelo comissário europeu para a Imigração, Dimitris Avramopoulos. Este afirmou em conferência de imprensa que é necessário devolver aos países de origem as pessoas que não têm direito a permanecer na União Europeia, "no cumprimento pleno dos direitos fundamentais".

Avramopoulos pede que se aplique a principal recomendação que servirá para aumentar as taxas de expulsão: ampliar o período de detenção dos imigrantes ilegais. "Em alguns países, os períodos legais de de detenção são muito inferiores aos que permitem as diretivas europeias. Não são suficientes para completar os processos de readmissão desses migrantes", acrescenta.

Esta recomendação, afirma o mesmo jornal, baseia-se em cálculos que situa o número a potenciais candidatos à expulsão em mais de um milhão de pessoas. Mesmo que algumas fontes garantam que se trata de uma estimativa, e não de um número preciso, os dados apontam para que o número possa ser ainda superior.

Apenas nos últimos dois anos, a União Europeia recebeu 2,6 milhões de pedidos de asilo. Tendo em conta que a taxa de aceitação ronda os 57%, fica-se com o número de pessoas que Bruxelas considera que devem ser deportadas, cerca de 1,1 milhões.

Estas estimativas não incluem aqueles que chegam de forma ilegal à Europa, mas que escolhem não pedir asilo. Com as regras europeias, todos esses devem receber também ordem de expulsão.

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